Aniversariantes da Semana (Sede)



Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. -ARA: Almeida Revista e Atualizada – 2 Cor 4_ 8-10
A Segunda Carta aos Coríntios foi escrita por Paulo para a igreja de Corinto, em um momento de grandes desafios e oposição ao seu ministério. Neste capítulo, Paulo está defendendo a autenticidade de seu apostolado e encorajando os cristãos a perseverarem, apesar das dificuldades.
“De todos os lados somos pressionados por aflições, mas não esmagados. Ficamos perplexos, mas não desesperados.”
• Pressionados por aflições: Paulo reconhece que ele e seus companheiros enfrentam tribulações constantes. A palavra grega para “pressionados” (θλιβόμενοι, thlibomenoi) sugere uma pressão intensa, como a de ser espremido.
• Mas não esmagados: Apesar da pressão, eles não são destruídos ou incapacitados. Isso mostra a resiliência que vem de Deus.
• Perplexos, mas não desesperados: “Perplexos” (ἀπορούμενοι, aporoumenoi) indica confusão ou não saber o que fazer, mas “não desesperados” (ἐξαπορούμενοι, exaporoumenoi) mostra que, mesmo sem respostas, não perdem a esperança.
“Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos derrubados, mas não destruídos.”
• Perseguidos, mas não abandonados: Paulo frequentemente enfrentava perseguição, mas sabia que Deus nunca o deixava sozinho.
• Derrubados, mas não destruídos: A imagem é de alguém que cai numa luta, mas não é derrotado. Eles podem ser abatidos, mas não aniquilados.
“Pelo sofrimento, nosso corpo continua a participar da morte de Jesus, para que a vida de Jesus também se manifeste em nosso corpo.”
• Participar da morte de Jesus: Paulo entende o sofrimento como uma identificação com Cristo, carregando em si mesmo os sinais da morte de Jesus.
• Para que a vida de Jesus se manifeste: O objetivo do sofrimento não é apenas dor, mas permitir que a ressurreição e o poder de Jesus sejam vistos na vida do cristão.
• Sofrimento e Esperança: Paulo ensina que o sofrimento faz parte da vida cristã, mas não é o fim. Deus sustenta seus servos, mesmo nas piores circunstâncias.
• Identificação com Cristo: O sofrimento do cristão não é sem propósito; ele reflete a morte de Cristo, mas também aponta para a vida e vitória de Cristo.
• Resiliência Espiritual: A força para resistir à pressão, perplexidade, perseguição e quedas vem de Deus, não de si mesmo.
Paulo entende que o sofrimento não é apenas um peso, mas uma forma de se identificar com Jesus. Quando passamos por dificuldades, podemos lembrar que Cristo também sofreu, e que através do sofrimento, a vida e o poder de Deus se manifestam em nós.
• Romanos 8:35-37
“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?… Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”
• João 16:33
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
• Salmo 34:19
“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.”
• Mateus 5:10-12
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus… Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus.”
• Hebreus 13:5
“Nunca te deixarei, jamais te abandonarei.”
• Provérbios 24:16
“Pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se, mas os ímpios são arrastados pela calamidade.”
• Miquéias 7:8
“Não te alegres a meu respeito, ó minha inimiga; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei.”
• Filipenses 3:10
“Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte.”
• Romanos 8:17
“Se somos filhos, então somos herdeiros — herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos para que também participemos da sua glória.”
• 1 Pedro 4:13
“Mas alegrai-vos por serem participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vos alegreis e exulteis.”
• Gálatas 2:20
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim…”
• Romanos 6:5
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição.”
9 A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. 20 Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança 21 de que[a] a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Rm 8:19-21.
⦁ Revelação dos Filhos de Deus (v.19):
toda a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Isso indica que há uma expectativa cósmica: o mundo natural, afetado pelo pecado, espera que os filhos de Deus sejam revelados em sua plenitude, trazendo transformação.
⦁ Submissão da Criação (v.20):
A criação não escolheu ser submetida à “inutilidade” (ou vaidade, em outras traduções), mas foi sujeita a isso por causa do pecado humano. Contudo, há esperança.
A expectativa da criação é que os filhos de Deus sejam revelados em sua plenitude. Isso significa que você é chamado a manifestar a natureza de Cristo em seu cotidiano:
⦁ Reconhecer sua identidade: Saiba que, em Cristo, você é filho de Deus e, portanto, portador da esperança de restauração para o mundo.
⦁ Cultivar a comunhão com Deus: Mantenha uma vida de oração, leitura bíblica e obediência à vontade de Deus, permitindo que o Espírito Santo o conduza1.
⦁ Refletir o caráter de Cristo: Pratique o amor, a justiça, a misericórdia e a integridade em todas as suas relações.
A plena revelação dos filhos de Deus e a libertação da criação estão intimamente ligadas ao evento escatológico chamado “manifestação dos filhos de Deus” (Romanos 8:19) e à “redenção do nosso corpo” (Romanos 8:23). Isso aponta para o tempo da vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos em glória:
⦁ Romanos 8:23:
“E não só ela, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.”
⦁ O que isso significa?
⦁ A plenitude da libertação da criação acontecerá quando Cristo voltar e os filhos de Deus ressuscitarem em corpos glorificados.
⦁ Esse é o clímax da história da salvação, quando toda a criação será renovada e libertada do pecado e da morte.
Apesar de a plena restauração ser futura, os cristãos já vivem como agentes de transformação no mundo atual:
⦁ 2 Coríntios 5:17:
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”
⦁ O que isso significa?
⦁ A transformação já começou na vida daqueles que estão em Cristo.
⦁ Os filhos de Deus são chamados a viver a liberdade e a justiça do Reino de Deus aqui e agora, antecipando a restauração final.
⦁ Plenamente:
Na volta de Cristo, quando Ele trará a restauração total da criação e a ressurreição dos mortos.
⦁ Já agora:
Os cristãos vivem como sinais dessa transformação, manifestando a esperança da restauração em suas vidas e ações.
Texto Bíblico |———| Ensino Principal
Romanos 8:19-23 |———| A criação espera a manifestação dos filhos de Deus
2 Coríntios 5:17 |———| Nova criatura em Cristo
1 Coríntios 15:51-53 |———| Transformação na ressurreição
A libertação e transformação plena da criação acontecerá na volta de Cristo, quando os filhos de Deus serão plenamente revelados e a morte será vencida. Enquanto isso, os cristãos são chamados a viver como agentes de transformação, antecipando essa esperança no mundo atual.
Nos dias de hoje cada vez mais temos acumulado informações e deixado de entender os princípios fundamentais da vida e a sua aplicação de forma inteligente e sensata, negligenciando a nossa capacidade de avaliar situações importantes e as consequências das ações e decisões tomadas.
Se tivermos em nossas mãos um smartphone que contenha acesso às redes sociais e a um aplicativo de buscas, se possível com inteligência artificial, vamos nos sentir os mais entendidos de tudo neste mundo, porém, isso nos têm feito esquecer que a verdadeira sabedoria vem do alto.
📖 Tiago 3:13-17 – … a sabedoria lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, gentil, amigável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.
Primeiramente é “pura”, porque é livre de imoralidades, livre de motivações egoístas e pecaminosas; “pacífica”, porque tem disposição para a solução de problemas sem violência, mas com tranquilidade e compreensão; “gentil” e porque é amável, bondosa e pronta para se submeter à vontade de Deus; “amigável” é porque não é dominada por ideias ou argumentos, mas é conduzida pela verdade da Palavra de Deus; é “cheia de misericórdia e de bons frutos”, porque teve o seu amor provado pelas ações produzindo boas obras; “imparcial” porque não tem preconceitos e nem faz acepção de pessoas; e sem “fingimento”, porque não tem hipocrisia procurando sempre a agradar a Deus e não aos homens.
Assim como os gregos personificaram Sofia como a deusa da sabedoria, será que diante destas pistas que Tiago nos dá poderíamos personificar, verdadeiramente, a nossa sabedoria que vem do alto ?
📖 Provérbios 8:16-21 – “¹⁶ Por meio de mim governam os príncipes, os nobres e todos os juízes da terra. ¹⁷ Eu amo os que me amam; os que me procuram me encontram. ¹⁸ Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça. ¹⁹ O meu fruto é melhor do que o ouro, do que o ouro refinado; e o meu rendimento é maior do que a prata escolhida. ²⁰ Ando pelo caminho da justiça e sigo as veredas do juízo, ²¹ para dotar de bens os que me amam e encher os seus tesouros.”
A Sabedoria é fonte da autoridade legítima e aos que a buscam tem acessibilidade a ela conforme a fome e a sede espiritual de cada um e a promessa certeira de que a achando desfrutarão de riquezas verdadeiras, porque quem a ama recebe não só a plenitude material, mas abundância de propósito, paz e de comunhão com Deus.
Em resumo a Sabedoria é existente desde a Eternidade participando ativamente da ação criadora de Deus:
📖 Provérbios 8:22 23 – “²² O Senhor me possuía no início da sua obra, antes das suas obras mais antigas. ²³ Fui estabelecida desde a eternidade, desde o princípio, antes do começo da terra”
Qual seja, quando Deus lançava os fundamentos da terra, regozijava-se com a Sabedoria, o que nos faz lembrar do versículo de João 1:1-5 que diz
¹ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. ² Ele estava no princípio com Deus. ³ Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. ⁴ A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. ⁵ A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.”
Conclusão:
Jesus, o Verbo Eterno, que é a Sabedoria encarnada e que estava com o Pai antes da fundação do mundo nos faz um apelo urgente, um convite solene e uma advertência grave:
📖 Provérbios 8:32-36 – “³²Agora, meus filhos, escutem o que eu digo, porque felizes são os que guardam os meus caminhos. ³³ Ouçam o ensino, sejam sábios e não o rejeitem. ³⁴ Feliz é aquele que me ouve, vigiando dia após dia diante das minhas portas, esperando na entrada da minha casa. ³⁵ Pois quem me encontra encontra a vida e alcança favor do Senhor. ³⁶ Mas quem peca contra mim violenta a própria alma. Todos os que me odeiam amam a morte.”
A nossa Oração:
É que possamos nos apropriar da Cruz de Cristo, aparentemente fraca e absurda para o mundo, foi o ápice da Sabedoria de Deus e que Jesus não seja apenas o portador da Sabedoria, mas que seja a própria Sabedoria em cada um de nós para nos revelar o sentido da vida, o propósito de Deus e o caminho para a eternidade, sendo através Dele Justificados diante de Deus. Aceitos como justos. Não por mérito, mas por Sua graça! Separados para Deus num Processo contínuo de transformação pelo Espírito sendo Cristo tudo em todos.
Deus os abençoem !
Pr A. Carlos
Nesta semana, refletimos sobre a diferença entre desejo e vontade. O desejo é uma aspiração instintiva, muitas vezes inconsciente, que busca satisfação imediata e prazer, podendo ser passageiro e impulsivo. Já a vontade é a capacidade racional de decidir e agir, mesmo contrariando desejos, sendo uma força interior que nos impulsiona à realização de objetivos, baseada na razão e na determinação.
Enquanto o desejo pode ser volátil, a vontade é o que transforma sonhos em realidade por meio de escolhas conscientes e ações deliberadas.
Muitos veem o desejo como a força que move nossas ações, mas ele nunca se satisfaz plenamente, tornando-se fonte de sofrimento. A Bíblia reconhece esse conflito interior e propõe a transformação pela renovação da mente, como ensina Romanos 12:2:
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
A liberdade cristã não é fazer o que se quer, mas escolher, deliberadamente, viver segundo o propósito divino.
A verdadeira liberdade está em submeter nossa vontade à vontade de Deus, que é boa e perfeita. Assim, encontramos redenção não na negação dos desejos, mas na entrega e confiança na direção divina.
“porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Filipenses 2:13
Que nesta semana possamos buscar não apenas satisfazer nossos desejos, mas fortalecer nossa vontade, alinhando-a à vontade de Deus, para vivermos de forma plena e transformadora.
Pr Joao Wojcicki
Texto base:
Salmos 37:5 — “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá.”
Provérbios 16:3 — “Entregue ao SENHOR tudo o que você faz, e os seus planos serão estabelecidos.”
No hebraico, o termo usado para “entregar” em Salmos 37:5 é gôl, que significa literalmente “rolar”, “lançar sobre”, como quem transfere um peso dos próprios ombros para outro.
Entregar não é apenas um ato pontual, mas uma postura contínua de dependência, rendição e confiança.
Vamos abrir espaços para Deus agir em nossos planos e sonhos?
Desejo a todos uma semana de confiança e entrega!
Pr João Wojcicki